O Choro Bem-Aventurado: Uma emoção Contracultural (Mt 5.4) (3)

Continuamos hoje falando sobrecircuntâncias que levam  seres humanos, a tristeza e lágrimas. No post de ontem falávamos sobre a morte de filhos.

 

3) Filho único de uma viúva da cidade de Naim:

 

11Em dia subsequente, dirigia-se Jesus a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e numerosa multidão. 12 Como se aproximasse da porta da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela. 13 Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores! (Lc 7.11-13).

 

4) Quando Herodes manda matar as crianças no desejo insano de assassinar o Messias, Mateus registra o crime e cita a profecia de Jeremias, ilustrando a tristeza de Raquel como representante das mães de Belém:

 

16 Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. 17 Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: 18 Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, choro e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem. (Mt 2.16-18).

 

B) A Morte de um Irmão

 

Maria estava triste com a morte de seu irmão Lázaro. O próprio Senhor Jesus diante daquele quadro de tristeza, marcado pela sujeição do homem à morte ‒ como consequência do pecado ‒ compadecidamente se emociona e chora:

 

31 Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar. 32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. 33 Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. 34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! 35 Jesus chorou. (Jo 11.31-35).

C) A morte de um amigo

 

1) A morte de Jônatas, leal amigo de Davi, foi extremamente dolorosa para ele. No verso que compôs expressa isso:

 

17Pranteou Davi a Saul e a Jônatas, seu filho, com esta lamentação (…) 26 Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres. 27 Como caíram os valentes, e pereceram as armas de guerra! (2Sm 1.17,26-27).

 

2) Na cidade portuária de Jope havia uma mulher cristã, muito estimada pelos seus atos de generosidade. Quando ela morreu, houve grande tristeza. Sabendo que Pedro estava em uma cidade próxima, irmãos piedosos foram buscá-lo: Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas” (At 9.39). Pedro orou por ela e o Senhor a ressuscitou (At 9.40-41).

 

3) Quando a filha adolescente de Jairo morre, há intensa tristeza entre, certamente, alguns de seus amigos. Jesus foi chamado: 38 Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço, os que choravam e os que pranteavam muito. 39 Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais? A criança não está morta, mas dorme” (Mc 5.38-39).

 

D) Sofrimento pela morte do Senhor Jesus

 

Os discípulos se entristeceram pelo anúncio antecipado do que lhe ocorreria nas mãos dos judeus: “E estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente” (Mt 17.23).

 

Os preparativos para a crucificação do Senhor, além de humilhantes, foram extremamente dolorosos, sensibilizando a muitos: “27 Seguia-o numerosa multidão de povo, e também mulheres que batiam no peito e o lamentavam. 28 Porém Jesus, voltando-se para elas, disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!” (Lc 23.27-28).

 

Após a crucificação do Senhor, Maria Madalena permanecia junto ao túmulo chorando:

 

11 Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo, 12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. 14 Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus. 15 Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. (Jo 20.11-15).

 

Os demais discípulos também estavam profundamente abatidos: “9 Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena de quem expelira sete demônios. 10 E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam” (Mc 16.9-10).

 

 

Maringá, 28 de janeiro de 2019.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa

 

 

*Este artigo faz parte de uma série. Confira aqui a série completa.

 

 

 

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