Teologia da Evangelização (4)

 c) A Teologia como reflexão comprometida 

       A Teologia é o estudo sistematizado da Revelação Especial de Deus conforme registrada nas Escrituras Sagradas tendo como fim último o glorificar a Deus por intermédio do Seu conhecimento e obediência à Sua Palavra.[1] “O tema e o conteúdo da teologia é a Revelação de Deus”.[2]

            Deus é o Senhor da Revelação em toda a sua extensão (Sl 8.1). Nós, humildemente, rogamos a Sua iluminação (Sl 119.18) e procuramos segui-la labutando e orando.

            Seguindo a linha de Kuyper (1837-1920),[3] devemos fazer duas observações fundamentais:

a) A Teologia nunca é “arquetípica [4] mas sim, “éctipica”;[5] ela não é gerada pelo esforço de nossa observação de Deus, mas, sim o resultado da revelação soberana e pessoal de Deus. Uma “Teologia Arquetípica” – se é que podemos falar deste modo – pertence somente a Deus porque somente Ele se conhece perfeitamente tendo, inclusive, ciência completa do seu conhecimento perfeito. “Em si mesmo ele é sujeito e objeto de todo conhecimento”, resume Hoeksema (1886-1965).[6] Somente Deus possui um conhecimento perfeito, arquétipo de si mesmo.

A teologia não pode ser autorreferente. Ela não se sustenta por si só. Ou ela se ampara na experiência humana (pessoal[7] ou social) ou se fundamenta em Deus. Neste caso, poderíamos reduzir a teologia a um ato de fé que se atira no abismo de um Deus absconditus. Contudo, a Teologia Reformada enfatiza o Deus transcendente e pessoal; o Deus que se revela (Deus revelatus).

Por isso, o fundamento e o conteúdo da Teologia estão na Revelação de Deus. Como temos insistido em outros trabalhos, a Teologia sempre será o efeito da ação reveladora, inspiradora e iluminadora de Deus por meio do Espírito (1Co 2.11).[8]

A teologia, portanto, pode ser verdadeira, já  que ela se propõe a conhecer e sistematizar a revelação. Contudo, ela jamais poderá ser a verdade. A verdade está somente em Deus, aquele que Se revela, que é autorreferente, sendo o padrão de avaliação final de tudo que reivindica ser verdadeiro.[9]

b)  A Teologia não termina em conhecimento teórico e abstrato, antes se plenifica no conhecimento prático e existencial de Deus por intermédio da sua Revelação nas Escrituras Sagradas, mediante a iluminação do Espírito. Conhecer a Deus é obedecer a seus mandamentos. (1Jo 2.4).[10]  “A boa teologia desloca-se da cabeça até o coração e, finalmente, até a mão”.[11] A genuína teologia cristã é compreensível, transformadora e operante. (1Ts 1.5-10).[12] Ela reflete a nossa confissão, nos conduz à reflexão, e tem implicações direta em nossa ética[13] e proclamação

A teologia é uma declaração de fé comprometida com o revelado e com o povo de Deus e, também, é uma confissão de limitação, de finitude. Sabemos o que sabemos por graça. Contudo, o que sabemos aponta para a grandiosidade do que não sabemos; não nos foi revelado. O teólogo, portanto, trabalha dentro desta dialética paradoxal: posso falar porque Deus revelou, contudo, devo saber permanecer em silêncio (douta ignorância)[14] porque Deus revelou que há muitíssimo mais por saber. Sem a revelação não poderia saber o que sei nem saber que não sei.

            De um modo mais simples podemos dizer que nenhum sistema teológico e menos ainda, nenhum teólogo, pode esgotar o revelado em todas as suas relações e implicações ou, tentar ir além dele. “Nenhum teólogo é grande bastante para reter todas as coisas em um perfeito relacionamento”, assevera Barclay (1919-2013).[15]

            A Palavra de Deus é mais rica do que toda e qualquer teologia, por mais fiel que ela seja à Revelação.[16] Por isso, o critério último de análise, será sempre “O Espírito Santo falando na Escritura”.[17]

“A teologia é serva da igreja”.[18] Este serviço será relevante se, antes, a teologia for serva da Palavra.[19] O teólogo deve ser um servo da Palavra (At 6.4), lutando contra o nosso orgulho natural, que rejeita este modelo, nos colocando como senhor.[20] A grande virtude de quem serve é ser encontrado fiel (1Co 4.2).

            A nossa teologia é sempre limitada e finita. Nunca é um edifício completo em todas as suas partes.[21] Antes, é uma tentativa humana de aproximação fiel das Escrituras, rogando a indispensável assistência do Espírito (Sl 119.18) e, por isso mesmo, sempre aberta à correção e aperfeiçoamento provenientes do estudo das Escrituras.

            Nesse propósito, ela apresenta uma direção humilde para os peregrinos que vivem no teatro de Deus buscando compreender e vivenciar de forma autêntica as etapas de sua jornada, buscando o melhor caminho até que cheguem ao seu destino (Rm 8.29-30),[22] e, o Senhor Jesus volte para nos conduzir em absoluta segurança para o lugar que Ele mesmo foi-nos preparar. (Jo 14.1-6).

            Portanto, a doutrina não é apenas para o nosso deleite espiritual e reflexivo, antes, exige de forma imperativa um compromisso de vida e obediência. “O fim de um teólogo não pode ser deleitar o ouvido, senão confirmar as consciências ensinando a verdade e o que é certo e proveitoso”, declarou corretamente Calvino (1509-1564).[23]

            Em outro lugar:

Visto que todos os questionamentos supérfluos que não se inclinam para a edificação devem ser com toda razão suspeitos e mesmo detestados pelos cristãos piedosos, a única recomendação legítima da doutrina é que ela nos instrui na reverência e no temor de Deus. E assim aprendemos que o homem que mais progride na piedade é também o melhor discípulo de Cristo, e o único homem que deve ser tido na conta de genuíno teólogo é aquele que pode edificar a consciência humana no temor de Deus.[24]

            A teologia deverá estar sempre comprometida com o conhecimento de Deus e com a promoção deste conhecimento por meio da Palavra, mediante a iluminação do Espírito. É o Espírito quem nos conduz à Palavra e Ele mesmo nos dá a conhecer a Cristo nas Escrituras.[25] Aliás, Jesus Cristo é o cerne de toda a Escritura, devendo ser o foco de toda pregação genuinamente bíblica. A pregação que falha na exaltação de Cristo, certamente fugiu totalmente ao objetivo da genuína pregação.[26]

            O teólogo não pode ter outro propósito do que o glorificar a Deus por meio da compreensão fiel das Escrituras e no seu ensino ao povo de Deus. “A teologia é a reflexão sobre o Deus que os cristãos cultuam e adoram”.[27]  Por isso, o teólogo não é um transeunte em férias com uma agenda flexível, e sem maiores compromissos, antes, podemos compará-lo a um peregrino em busca do melhor caminho que o conduza de forma mais adequada possível à glorificação do Nome de Deus por meio de seu conhecimento, ensino e obediência.

A teologia é função da Igreja Cristã, dentro da qual estamos inseridos. Não apenas refletimos. Antes, pensamos crendo no revelado rogando o discernimento concedido pelo Senhor para que possamos entender a Palavra e aplicá-la de forma fiel e consistente.

O interesse puramente acadêmico pela teologia é incapaz de contribuir por si só para a solidificação da teologia e da fé da Igreja. A teologia é uma expressão de fé da igreja amparada na Escritura. Toda teologia é, portanto, apaixonada.[28] Como falar de Deus e de sua Palavra de forma “objetiva” e distante do seu “objeto”? A teologia é elaborada pelos crentes. O caminho da fé é o caminho da paixão. O teólogo sempre será um apaixonado.[29] Aliás, adaptando Kierkegaard, diria que um teólogo sem paixão é um “tipo” medíocre.[30]

A teologia começa e continua na comunhão com Deus, um Deus transcendente e pessoal que se relaciona conosco. Por isso, a teologia não é um estudo a respeito de um Deus distante, antes, é a reflexão sobre o Deus com quem nos relacionamos, perseveramos confiantemente em suas promessas e o cultuamos em adoração e louvor.

            “Quanto mais conhecemos Deus, mais compreendemos, e sentimos que seu mistério é inescrutável”.[31] O maravilhoso mistério a respeito de Deus aumenta em nossa compreensão à medida que mais O conhecemos.[32]

            A douta ignorância faz parte essencial da fé genuína e sincera.[33] O conhecimento de nossa limitação não é inato, antes é precedido pela revelação. Sem a revelação de Deus não há teísmo, ateísmo nem agnosticismo. É no encontro significativamente pessoal com Deus que tomamos conhecimento de nossas limitações.[34] O nosso conhecimento poder ser real e genuíno, porém é fragmentado e limitado.[35] Contudo, devemos nos alegrar em poder conhecer. O Senhor não exigirá mais do que nos foi dado. Mas, o Senhor exige a nossa fidelidade no muito e no pouco.[36]

            Talvez aqui devêssemos nos arrepender e chorar pelo fato de nem sempre termos esses propósitos em vista, nos tornando arrogantes e negligentes, confiando em nossa capacidade ou barateando a graça por meio de nossa ociosidade e inépcia.

            Que o Senhor nos console com o seu perdão, nos imbuindo de maior fidelidade, humildade e piedade.

Maringá, 04 de julho de2022.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


[1] “O alvo final da reflexão teológica é que Deus seja glorificado na vida dos que creem, pela maneira em que vivem e por aquilo que fazem” (Stanley J. Grenz; Roger C. Olson, Quem Precisa de Teologia? Um convite ao estudo sobre Deus e sua relação com o ser humano, São Paulo: Vida, 2002, p. 54).

[2]John Mackay, Prefacio a la Teologia Cristiana, México; Buenos Aires: Casa Unida de Publicaciones; La Aurora, 1946, p. 28.

[3]A. Kuyper, Principles of Sacred Theology,Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1980 (reprinted), § 60, p. 257ss. Ver também: Herman Bavinck, Reformed Dogmatics: Volume 1: Prolegomena, p. 212. Esta distinção, ao que parece, originou-se com o teólogo Polanus (1561-1610) (Cf. Richard A. Muller, Post-Reformation Reformed Dogmatics,Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1987, v. 1, p. 126-127).  Kant também emprega ambas as classificações, falando de theologia archetypa  e theologia ectypa (I. Kant, Lectures on philosophical theology, London: Cornell University Press, 1978,  p. 23,86.

[4]A. Kuyper, Principles of Sacred Theology,Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1980, (reprinted), § 60, p. 257ss. Ver também: Herman Bavinck, Reformed Dogmatics: Volume 1: Prolegomena, p. 212. Esta distinção, ao que parece, originou-se com o teólogo Amandus Polanus (1561-1610). (Cf. Richard A. Muller, Post-Reformation Reformed Dogmatics,Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1987, v. 1, p. 126-127).

[5]“Éctipo” é uma palavra de derivação grega, “e)/ktupoj” (cópia de um modelo, ou reflexo de um arquétipo), passando pelo latim “ectypus” (feito em relevo, saliente). “Éctipo” é o oposto a arquétipo (do grego, “a)rxe/tupoj” = “original”, “modelo”). Na filosofia, G. Berkeley (1685-1753) estabeleceu esta distinção no campo das ideias:

            “Pois acaso não admito eu um duplo estado de coisas, a saber: um etípico, ou natural, ao passo que o outro é arquetípico e eterno? Aquele primeiro foi criado no tempo; e este segundo desde todo o sempre existiu no espírito de Deus” (G. Berkeley, Três Diálogos entre Hilas e Filonous,São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 22), 1973, 3º Diálogo, p. 119).

[6]H. Hoeksema, Reformed Dogmatics,3. ed. Grand Rapids, Michigan: Reformed Free Publishing Association, 1976, p. 15. Barth acentua: “A revelação é um círculo fechado onde Deus é o sujeito, o objeto e o termo médio” (Karl Barth, La Proclamacion del Evangelio,Salamanca: Ediciones Sigueme, 1969, p. 19). Ver também: Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 155, 185s.

[7]Nossas experiências não servem de fundamento sólido para a nossa fé. Antes, elas devem ser examinadas à luz das Escrituras. A Palavra de Deus é o firme fundamento de nossa fé. A Palavra deve ser a intérprete, norteadora e corretora do que experimentamos. Quando priorizamos a experiência, caímos na armadilha de tornar a Palavra algo secundário e, por isso mesmo, nós temos uma fé frágil, inconstante, sendo movidos ao sabor das nossas paixões e interesses circunstanciais. Alguém pode então indagar: e a experiência não tem valor algum? Claro que sim. A vida cristã é fundamentalmente experimentável. No entanto, insistimos, somente a Escritura é infalível e nos capacita a interpretar corretamente o que experimentamos.  Escreve corretamente Craig: “Pessoas que simplesmente andam na montanha russa da experiência emocional estão roubando de si mesmas uma fé cristã mais rica e profunda ao negligenciar o lado intelectual dessa fé” (William L. Craig, A Verdade da Fé Cristã, São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 14).

[8] Veja-se: Geerhardus Vos, Teologia Bíblica, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 13-14.

[9]Quando Jesus Cristo em sua oração declara: “A Tua Palavra é a verdade (a)lh/qeia)(Jo 17.17), e: “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade (a)lh/qeia) (Jo 17.19), Ele não nos diz que a Palavra de Deus se harmoniza com algum outro padrão distinto decorrendo daí a sua veracidade, antes, o que afirma é que a Sua Palavra é a própria verdade, o padrão de verdade ao qual qualquer alegação pretensamente verdadeira deverá se adequar (Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Tua Palavra é a Verdade, Brasília, DF.: Monergismo, 2010, p. 73ss.).

[10]“Aquele que diz: Eu o conheço (ginw/skw) e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (1Jo 2.4).

[11]Stanley J. Grenz; Roger E. Olson, Quem Precisa de Teologia? Um convite ao estudo sobre Deus e sua relação com o ser humano, p. 51.

[12] Veja-se: Alister E. McGrath, Paixão pela Verdade: a coerência intelectual do Evangelicalismo, São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 67.

[13] Ver R.C. Sproul, O Que É a Teologia Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 14-15.

[14]Vejam-se: J. Calvino, As Institutas, III.21.4; III.23.8; III.25.6; Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997 (Rm 9.14), p. 330. 

[15] Oliver Barclay, Mente Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 47.

[16] “Porventura a Escritura não é mais rica do que qualquer pronunciamento eclesiástico, por mais excelente e atento ao Verbo divino que este possa ser?” (G.C. Berkouwer, A Pessoa de Cristo, São Paulo: ASTE., 1964, p. 72). Dentro desta mesma linha de pensamento, escreveu Kuiper (1886-1966): “Todos juntos, os credos do cristianismo, de nenhuma maneira se aproximam de esgotar a verdade da Sagrada Escritura” (R.B. Kuiper, El Cuerpo Glorioso de Cristo: La Santa Iglesia, Grand Rapids, Michigan: SLC. 1985, p. 99).

[17]Confissão de Westminster, I.10. Timothy George observa que, “Os reformadores eram grandes exegetas das Escrituras Sagradas. Suas obras teológicas mais incisivas encontram-se em     seus sermões e comentários bíblicos. Eles estavam convencidos de que a proclamação da igreja cristã não poderia originar-se da filosofia ou de qualquer cosmovisão auto-elaborada. Não poderia ser nada menos que uma interpretação das Escrituras.           Nenhuma outra proclamação possui direito ou esperança na igreja. Uma teologia que se baseia na doutrina reformada das Escrituras Sagradas não tem nada a temer com as descobertas precisas dos estudos bíblicos modernos”(Timothy George, Teologia dos Reformadores, São Paulo: Vida Nova, 1994, p. 313).

[18]Alister E. McGrath, Paixão pela Verdade: a coerência intelectual do Evangelicalismo, São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p. 16.

[19] Ver: Alister E. McGrath, Teologia para Amadores, São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 32.

[20]Veja-se: John M. Frame, A Doutrina do conhecimento de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 97.

[21] “A teologia deve sempre ser submetida à reforma. O entendimento humano é imperfeito. Embora as construções sistemáticas de alguma geração ou grupo de gerações possam ser arquitetônicas, sempre há a necessidade de correção e reconstrução de modo que a estrutura possa vir a uma aproximação mais íntima das Escrituras e a reprodução possa vir a ser uma transcrição ou reflexo mais fiel do exemplar divino” (John Murray, O Pacto da Graça: um estudo bíblico-teológico, São Paulo: Editora Os Puritanos, 2001, p. 8).

[22] “O objetivo da boa teologia é humilhar-nos diante do Deus trino de majestade e graça. (…) Os antigos teólogos da Reforma e da pós-Reforma estavam tão convictos que suas interpretações estavam muito distantes da majestade de Deus que eles chamavam seus resumos e sistemas de ‘nossa humilde teologia’ e ‘uma teologia para peregrinos no caminho’” (Michael Horton, Doutrinas da fé cristã,  São Paulo: Cultura Cristã, 2016, p. 15). Vejam-se: João Calvino, Evangelho segundo João, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2015, v. 2, (Jo 14.6), p. 93; John M. Frame, A doutrina do conhecimento de Deus, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 97; Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 45. “O pensamento que me governa é que eu sou um peregrino e um estrangeiro indo para Deus, de modo que, necessariamente, eu passo o tempo pensando em minha alma e em meu destino” (D.M. Lloyd-Jones, Seguros mesmo no mundo, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 2005 (Certeza Espiritual: v. 2), p. 34).

[23]João Calvino, As Institutas, I.14.4.

[24]João Calvino, As Pastorais, São Paulo: Paracletos,1998, (Tt 1.1), p. 300.

[25]Calvino resumiu bem este conceito, dizendo: “Só quando Deus irradia em nós a luz de seu Espírito é que a Palavra logra produzir algum efeito. Daí a vocação interna, que só é eficaz no eleito e apropriada para ele, distingue-se da voz externa dos homens” (João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (Rm 10.16), p. 374.

[26] Quanto a este ponto, veja-se o excelente e desafiante livro de Lawson. (Steven J. Lawson, O tipo de pregação que Deus abençoa, São José dos Campos, SP.: Fiel, 2013).

[27]Alister E. McGrath, Teologia Histórica: Uma Introdução à História do Pensamento Cristão, São Paulo: Cultura Cristã, 2007, p. 15. Da mesma forma em: Alister E. McGrath, Teologia Sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã, São Paulo: Shedd Publicações, 2005, p. 175.

[28]Veja-se: Alister E. McGrath, Paixão pela Verdade: a coerência intelectual do Evangelicalismo, p. 40.

[29] Li posteriormente a declaração de Kapic: “Tal conhecimento (de Deus) não é meramente intelectual: é também apaixonado, e toca tanto o nosso entendimento quanto os nossos afetos” (Kelly M. Kapic, Pequeno livro para novos teólogos, São Paulo: Cultura Cristã, 2014, p. 31).

[30]A frase de Kierkegaard é: “O paradoxo é a paixão do pensamento, e o pensador sem um paradoxo é como o amante sem paixão, um tipo medíocre” (Sören A. Kierkegaard, Migalhas filosóficas, ou, um bocadinho de filosofia de João Clímacus, Petrópolis, RJ.: Vozes, 1995, p. 61).

[31]Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 156.

[32] “O verdadeiro mistério só pode ser entendido como  um mistério genuíno mediante a revelação” (Emil Brunner,  Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 157).

[33] Ver: João Calvino, As Institutas,III.21.2; III.23.8. 

[34] Ver: Emil Brunner, Dogmática, São Paulo: Novo Século, 2004, v. 1, p. 157, 159ss.

[35] Veja-se: Herman Bavinck, Dogmática Reformada: Deus e a Criação, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 98, 110.

[36] Veja-se: Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 10.

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