Detestai e fugi do mal. Porém, votai bem

Vós que amais o SENHOR, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-os da mão dos ímpios” (Sl 97.10).

O salmista preventivamente suplica ao Senhor: “Longe de mim o coração perverso; não quero conhecer o mal” (Sl 101.4). Outro salmista conta a sua experiência: “De todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua palavra” (Sl 119.101).

Portanto, aprendemos biblicamente que devemos nos precaver. O fascínio do mal está justamente no fato dele não se apresentar como mal a corações bastante inclinados aos seus apelos. Isto pode parecer paradoxal, mas, não é: gosto do mal, ainda que não o denomine assim. Posso chamá-lo de maturidade, equilíbrio, prazer etc. Aprecio as suas promessas – muitas, frutos de minha imaginação ‒, ainda que não ouse chamá-las de efeitos do mal ou da maldade.

Por isso, devemos nos manter distantes de homens que tais coisas praticam. As versões apresentadas são muito estimulantes e convincentes a corações predispostos. As fotografias do mal difundidas por seus proponentes são repletas de cores vivas e promessas estonteantes. Quem já não se sentiu enganado por uma propaganda a respeito de um lugar belíssimo? De uma casa para vender ou alugar? Por vezes, já hospedado em algum hotel localizei um folder com sua propaganda. Em geral, as fotos, ainda que verdadeiras (correspondem mesmo ao edifício), são tiradas de ângulos inusitados e num horário que favoreça as suas belezas. Além disso, quem as tiram são profissionais. A Escritura nos exorta: “Não tenhas inveja dos homens malignos, nem queiras estar com eles” (Pv 24.1). Estes são profissionais em suas seduções.

Não devemos maquinar o mal contra o nosso próximo explorando a sua confiança: “Não maquines o mal contra o teu próximo, pois habita junto de ti confiadamente” (Pv 3.29).

Quem se ocupa com o planejamento do mal, em geral o faz por pensar deter o poder para fazê-lo e controlar suas consequências. A possibilidade da prática do mal tende a dar ao ser humano o senso de impunidade e, por isso mesmo, de poder. No entanto, tal procedimento não ficará sem o juízo de Deus: “Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a iniquidade e maquinam o mal! À luz da alva, o praticam, porque o poder está em suas mãos” (Mq 2.1).

No dia 28, votemos bem. Tenhamos discernimento. Não permitamos ser enganados por falsas promessas feitas por aqueles que seguem o mal e pervertem o bem e o direito.

São Paulo, 23.10.2018.
Rev. Hermisten M.P. Costa

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