Uma fé que investiga e uma ciência que crê (30)

4. Os múltiplos conhecimentos e seus limites

4.1. Fé na ciência e ciência da fé

ÓSenhor, reconheço, e rendo-te graças por ter criado em mim esta tua imagem a fim de que, ao recordar-me de ti, eu pense em ti e te ame. Mas, ela está tão apagada em minha mente por causa dos vícios, tão embaciada pela névoa dos pecados, que não consegue alcançar o fim para o qual a fizeste, caso tu não a renoves e a reformes. Não tento, ó Senhor, penetrar a tua profundidade: de maneira alguma minha inteligência amolda-se a ela, mas desejo, ao menos, compreender a tua verdade, que o meu coração crê e ama. Com efeito, não busco compreender para crer, mas creio para compreender. Efetivamente creio, porque, se não cresse, não conseguiria compreender. – Anselmo de Cantuária (1033-1109).[1]

A fé é indispensável, essencial à vida humana. Todos os homens têm seus pressupostos,[2] os quais nada mais são do que uma confiança preliminar em algo que determina a leitura, interpretação e compreensão dos fenômenos observados.[3] O perigo sempre evidente – pelo menos para quem está de fora –  é sobrepor nossas teorias às evidências,[4] falseando-as.

Sem percebermos, nos tornarmos cativos de nossa perspectiva e, portanto, da nossa percepção. Como obviamente não conseguimos ter “todas as visões”, permanecemos, de certo modo, cativos de nossa perspectiva,[5] em outros termos: prisioneiro de sua percepção.

Nem sempre é fácil submeter os nossos valores ao rigor daquilo que cremos. Como o cientista tem dificuldade em revisitar os seus paradigmas, nós também temos dificuldade em rever a nossa cosmovisão. É muito difícil – talvez por ser doloroso demais – aplicar e avaliar em nosso próprio sistema as implicações do que sustentamos. Podemos, sem nos darmos conta, nos ferir com as nossas próprias armas, que julgávamos ser bisturis. Aliás, o mau uso do bisturi pode ser fatal, assim como o “fogo amigo” nas guerras. O antidogmatismo pode se constituir num dogma.

Kuyper coloca a questão nestes termos:

Toda ciência num certo grau parte da fé, e ao contrário, a fé que não leva à ciência é equivocada ou superstição, mas não é fé real, genuína. Toda ciência pressupõe fé em si, em nossa autoconsciência; pressupõe fé no trabalho acurado de nossos sentidos; pressupõe fé na correção das leis do pensamento; pressupõe fé em algo universal escondido atrás dos fenômenos especiais.[6]

Bavinck (1854-1921), nos instrui:

A primeira preocupação de todo praticante de ciência, e, particularmente, de todo teólogo, é ser humilde e modesto. Um cientista não deve pensar que é mais sábio do que realmente é. Toda disciplina científica está presa ao seu objeto. Ela não pode  ̶  por causa de uma teoria preconcebida  ̶  falsificar ou negar os fenômenos que observa.[7]

Deve ser dito, que nem por isso a ciência deve ser gratuitamente rejeitada. Na realidade ela é construída tendo um cerne comum, valendo-se das contribuições básicas dos seus predecessores. A ciência de fato deve ser avaliada e a história nos ajuda bastante na compreensão de determinados conceitos e de sua superação e substituição por outros.[8] A nossa dúvida quanto à ciência tem como fundamento a fé na sua capacidade de superação do que foi atingido.

Devemos estar alertas à observação do sociólogo Merton (1910-2003): “Sem dúvida, há uma possibilidade acentuada de que, no estudo dos motivos professados pelos cientistas, estejamos lidando com racionalizações, com derivações, mais do que com formulações acuradas dos verdadeiros motivos”.[9] Certamente isso é válido para todas as nossas elaborações intelectuais.

Somente a fé que duvida metodologicamente de sua fé, pode de fato se tornar confiável. A fé que se posiciona além da suspeita, não é mais fé, tornou-se uma suposta ciência absoluta.[10] Justamente pelo fato de a ciência ser ciência[11] – ainda que não saibamos bem o que venha a ser ciência[12] – é que ela se torna biodegradável.[13]

A Ciência absoluta pertence somente a Deus. Porque somente Deus é o criador e preservador de toda a realidade. E esta, Ele a tem sempre diante de Si.

As contribuições científicas geralmente começam por um ato de fé, uma hipótese, um conjunto de pressuposições que poderá, posteriormente, ser confirmado ou não.[14] Lemos a realidade por essas lentes, conscientemente ou não.[15] A fé é fundamental para o início e progresso da ciência; é impossível haver ciência sem fé.[16]

A ciência não pode avançar sem fé. O que os cientistas chamam de hipótese[17] é justamente as pressuposições que norteiam a sua pesquisa.[18] Nisso a sua cosmovisão com o colorido próprio de suas lentes se revela. Ainda que a ciência possa mostrar a inviabilidade de seus pressupostos, são estes que determinam a nossa maneira de nos aproximar do objeto, ver e, portanto, agir no mundo.

A ciência não ocorre num vácuo asséptico conceitual quer seja religioso, quer filosófico, quer cultural.[19] A nossa percepção e ação fundamentam-se em nossos pressupostos que determinam, em grande medida, a nossa pré-compreensão.

A fé não é a ciência em si. Se ela assim fosse, deixaria de ser simples fé para se plenificar em conhecimento. A fé muda a minha percepção, não a realidade em si. Contudo, o meu olhar e percepção podem contribuir para a mudança do real. Isto só pode ocorrer mediante o trabalho condizente com o que creio. Por outro lado, a ciência não implica necessariamente em fé consequente, contudo ela mais cedo ou mais tarde nos levará a crer subjetivamente no que se mostra objetivamente a nós.

Em síntese: o que cremos não muda a realidade, no entanto, podemos crer que a realidade pode ser mudada pela nossa fé operante. Os sonhadores, de certa forma, são os construtores do real, todavia, a ciência tenderá a produzir fé naqueles que foram confrontados e convencidos por suas evidências.

Devemos estar atentos ao fato de que a ciência é uma construção social, não de um homem isolado.[20] É na experimentação, verificação, repetição e avaliação que refinamos e aperfeiçoamos o conhecimento. Por isso, as ideias valem não simplesmente pelo critério de autoridade – notoriedade de quem disse –  o que nos conduziria ao desfilar de currículos de quem disse sem nenhuma verificação a posteriori já que a autoridade de quem afirmou é suficiente. Precisamos avaliar o saber a partir de si mesmo, do seu conteúdo e verificabilidade, não apenas, de quem o professou.

Por sua vez, o sentido e a ética desse conhecimento, extrapolam ao alcance da própria ciência, como escreve McGrath:

A ciência é moralmente imparcial precisamente porque é moralmente cega, colocando-se a serviço do ditador que quer forçar seu governo opressivo por meio das armas de destruição em massa; e, da mesma forma, colocá-la a serviço dos que desejam curar uma humanidade destruída e enfraquecida por meio de novas drogas e procedimentos médicos. Precisamos de narrativas transcendentes para nos fornecer orientação moral, propósito social e senso de identidade pessoal. Embora a ciência possa nos fornecer conhecimento e informação, ela é impotente para conferir sabedoria e sentido.[21]

É muito comum, ouvir pessoas consolando outras, em momentos de dificuldade, dizendo: “tenha fé”, “o importante é ter fé”. Na literatura, encontramos homens de concepções variadas, falando de fé, usando por certo, conceitos diferentes para se expressarem, mas de qualquer forma, o assunto envolve a pauta de suas atenções. Como exemplo, temos o filósofo Existencialista espanhol, Miguel de Unamuno (1864-1936), dizendo que a fé “é o poder criador do homem”;[22] Erich Fromm (1900-1980), psicanalista e sociólogo alemão, afirmando que é a “consciência da gravidez”, e do “estado de gravidez”;[23] Paul Tillich (1886-1966), teólogo alemão, falando do “estado de ser”[24] e, Emil Brunner (1889-1966), outro teólogo, esse de origem suíça, declarando ser a fé a “janela aberta para o porvir”.[25]

A fé é também importante como elemento psicológico. Todavia, ela em si mesma, como elemento solitário, é de pouco valor prático; a sua relevância não depende simplesmente da sua intensidade, mas, sim, do seu objeto. Uma fé forte em algo débil de nada adianta. Qual o valor de uma “fé forte” nos ídolos criados pela imaginação pecaminosa do homem? Os ídolos nada podem fazer, por maior que seja a fé depositada neles.[W75]  (Sl 115.4-8; Is 44.9-20/1Rs 18.20-30). Os homens, em seus pecados, se tornaram nulos em seus pensamentos tal qual a sua “criação”.

“Os ídolos– escreve o Salmista – das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, e não falam; têm olhos, e não veem; têm ouvidos, e não ouvem; pois não há alento de vida em sua boca. Como eles se tornam os que os fazem e todos os que neles confiam”(Sl 135.15-18).

A nossa fé repousa em Deus e na sua Palavra: na sua promessa. “A fé que repousa na Palavra de Deus permanece inabalável contra todas as investidas de Satanás”, instrui-nos Calvino (1509-1564).[26]

Maringá, 20 de abril de 2020.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


[1]Santo Anselmo de Cantuária, Proslógio, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 7), 1973, p. 107.

[2] “Nenhum homem, seja ele um cientista ou não, consegue trabalhar sem pressuposições” (Henry H. Van Til, O Conceito Calvinista de Cultura, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 23).

[3] Vejam-se alguns exemplos ilustrativos dessa perspectiva em Vicent Cheung, Confrontações Pressuposicionais, Brasília, DF.: Monergismo, 2011, p. 17ss.

[4] Cf. Alan Sokal; Jean Bricmont, Imposturas intelectuais, 2. ed. Rio de Janeiro: BestBolso, 2016, p. 82-83.

[5]Li por meio de Peter Burke, que Fernand Braudel (1902-1985) gosta de afirmar que o historiador é prisioneiro de suas suposições e mentalidades (Peter Burke, O Renascimento Italiano: cultura e sociedade na Itália, São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 11).

[6]A. Kuyper, Calvinismo, São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 137-138.

[7] Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 2, p. 246.

[8] Cf. Thomas Kuhn, A Revolução Copernicana, Lisboa: Edições 70, (2002), p. 20.

[9]Robert K. Merton, Ensaios de sociologia da ciência, São Paulo: Associação Filosófica Scientiae Studia; Editora 34, 2013, p. 16.

[10] “A ciência caída do céu, a ciência absoluta, não existe” (Karl Barth, Esboço de uma Dogmática, São Paulo: Fonte Editorial, 2006, p. 8).

[11] “As teorias científicas são mortais e são mortais por serem científicas” (Edgar Morin, Ciência com consciência, 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 22).

[12] “A questão “o que é a ciência?” é a única que ainda não tem nenhuma resposta científica” (Edgar Morin, Ciência com consciência, 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 21). Novamente: “A questão “o que é ciência?” não tem resposta científica. A última descoberta da epistemologia anglo-saxônica afirma ser científico aquilo que é reconhecido como tal pela maioria dos cientistas. Isso quer dizer que não existe nenhum método objetivo para considerar ciência objeto de ciência, e o cientista, sujeito” (Edgar Morin, Ciência com consciência, p. 119).

[13] Edgar Morin, Ciência com consciência, 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 23.

[14]Sobre a provisoriedade da ciência, seus pressupostos, ambição e limitação, vejam-se: Hermisten M.P. Costa, Introdução à Metodologia das ciências teológicas, Goiânia, GO.: Editora Cruz, 2015; Hermisten M.P. Costa, Introdução à cosmovisão Reformada: um desafio a se viver responsavelmente a fé professada. Goiânia, GO.: Editora Cruz, 2017.

[15]“Todo crente e todo teólogo dogmático, antes de tudo, recebe suas convicções religiosas de sua igreja. Consequentemente, os teólogos nunca abordam a Escritura de fora, sem qualquer conhecimento anterior ou opinião preconcebida, mas trazem consigo, de seu contexto, uma determinada compreensão do conteúdo da revelação e, assim, olham para a Escritura com a ajuda dos óculos que suas igrejas lhes puseram. Todos os teólogos dogmáticos, quando vão para o trabalho, permanecem, consciente ou inconscientemente, na tradição da fé cristã na qual nasceram e foram nutridos e abordam a Escritura como cristãos reformados, ou luteranos, ou católicos romanos. Também com relação a isso não podemos simplesmente renunciar ao nosso ambiente: somos sempre filhos de nossa época, produto do nosso contexto” (Herman Bavinck, Dogmática Reformada, São Paulo: Cultura Cristã, 2012, v. 1, p. 82). Vejam-se também as páginas, 43 e 178. Para um estudo mais detalhado a respeito dos nossos pressupostos e como eles influenciam a leitura da realidade, vejam-se: Hermisten M.P. Costa, Introdução à cosmovisão Reformada: um desafio a se viver responsavelmente a fé professada, Goiânia, GO.: Editora Cruz, 2017; Hermisten M.P. Costa, Raízes da Teologia Contemporânea, 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2018.

[16]Vejam-se: Hermisten M. P. Costa, A Ciência e a sua “autonomia”: Ciência ou fé?: Rompendo em fé com a fé.  In: Ciências da Religião: História e Sociedade, São Paulo: Programa de Pós Graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, (8/1, /2010): 61-97; Hendrik van Riessen, Enfoque Cristiano de la Ciencia, 2. ed. Países Bajos: FELIRE, 1990, p. 61ss. “Ainda que a ciência esteja livre de certos elementos subjetivos e os transcende, nunca estará livre da fé do cientista. A ciência é única, porém limitada” (Hendrik van Riessen, Enfoque Cristiano de la Ciencia, p. 58-59). “A ciência nunca avança sem uma fé, e nunca deverá avançar sem a fé cristã. A ciência sempre está guiada e inspirada pelo crer. O cientista cristão deve escutar e pedir a seu Pai celestial que lhe guie em sua tarefa científica. O resultado dependerá da benção de Deus” (Hendrik van Riessen, Enfoque Cristiano de la Ciencia, p. 62).  

[17] Para uma visão histórica diversificada do sentido da palavra hipótese, vejam-se: Hipótese: In: André Lalande, Vocabulário técnico e crítico da filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 466-468; Hipótese: In: J. Ferrater Mora, Dicionário de Filosofia, São Paulo: Edições Loyola, 2001, t. 2, p. 1346-1349.

[18]Cosmovisão é análoga à lente intelectual através da qual as pessoas veem a realidade. (…) A cor da lente é um fato fortemente determinante que contribui para o que elas creem acerca do mundo. (…) Cosmovisão é um sistema filosófico que procura explicar como os fatos da realidade se relacionam e se ajustam um ao outro. Uma vez reunidos os componentes da lente, ela focalizará o plano geral da realidade que dá a estrutura na qual as partes menores da vida se harmonizam. Em outras palavras, a cosmovisão dá forma o colore o modo que pensamos e fornece a condição interpretativa para entender e explicar os fatos de nossa experiência” (Norman Geisler; Peter Bocchino, Fundamentos Inabaláveis: resposta aos maiores questionamentos contemporáneos sobre a fé cristã, São Paulo: Vida, 2003, p. 53).

[19]Veja-se: Nancy R. Pearcey; Charles B. Thaxton, A Alma da Ciência, São Paulo: Cultura Cristã, 2005, p. 9-12; 294. Obviamente, isso se aplica também à exegese e à teologia.  “A reflexão teológica (…) nunca ocorre em um vácuo social ou cultural” (Alister E. MacGrath, Lutero e a Teologia da Cruz, São Paulo: Cultura Cristã, 2014, p. 22). Silva argumenta com precisão e franqueza: “Quer tenhamos ou não a intenção de fazê-lo, quer gostemos ou não, todos lemos o texto conforme interpretado por nossas pressuposições teológicas. Aliás, o argumento mais sério contra a ideia de que a exegese deve ser feita independente da teologia sistemática é que tal ponto de vista é irremediavelmente ingênuo. A mera possibilidade de entender qualquer coisa depende de nossas estruturas anteriores de interpretação. Se observarmos um fato que faz sentido para nós, é simplesmente porque conseguimos encaixá-lo dentro de um conjunto complexo de ideias que assimilamos anteriormente” (Moisés Silva, Em Favor da Hermenêutica de Calvino: In: Walter C. Kaiser Jr.; Moisés Silva, Introdução à Hermenêutica Bíblica, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2002, p. 255).

[20] “O conhecimento científico é produto de um empreendimento humano coletivo no qual os cientistas fazem contribuições individuais purificadas e ampliadas pela crítica mútua e pela cooperação intelectual. Segundo essa teoria, a meta da ciência é um consenso de opinião racional sobre o campo mais amplo possível” (John Ziman, O Conhecimento Confiável: uma exploração dos fundamentos para a crença na ciência, Campinas, SP.: Papirus, 1996, p. 13). Vejam-se também: Émile Durkheim, Educação e Sociologia,5. ed. São Paulo: Melhoramentos, (s.d.) p. 35; A. Kuyper, Sabedoria e prodígios: graça comum na ciência e na arte, Brasília, DF.: Monergismo, 2018, p. 42-45.

[21]Alister E. McGrath, Surpreendido pelo sentido: ciência, fé e o sentido das coisas, São Paulo: Hagnos, 2015, p. 14.

[22] Miguel de Unamuno, Do Sentimento trágico da vida, Porto: Editora Educação Nacional, 1953, p. 234.

[23] Erich Fromm, A Revolução da esperança, São Paulo: Círculo do Livro, (s.d.), p. 27.

[24] Paul Tillich, A Coragem de ser, 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977, p. 134.

[25] Heinrich E. Brunner, Nossa fé, 2. ed. São Leopoldo, RS.: Sinodal, 1970, p. 114.

[26] João Calvino, Efésios, São Paulo: Paracletos, 1998, (Ef 4.14), p. 128. “O conhecimento do divino favor, é verdade, deve ser buscado na Palavra de Deus; a fé não possui nenhum outro fundamento no qual possa descansar com segurança, exceto a Palavra; mas quando Deus estende sua mão para ajudar-nos, a experiência disto é uma profunda confirmação tanto da Palavra quando da fé” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 43.2), p. 276).


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