Teologia da Evangelização (12)

2.4. Pressupostos da evangelização

Nenhum homem, seja ele um cientista ou não, consegue trabalhar sem pressuposições. ‒ Henry H. Van Til (1906-1961).[1]

       Ainda não tenhamos parado para analisar, quando evangelizamos, levamos conosco, alguns pressupostos fundamentais que motivam e orientam o conteúdo de nossa proclamação. E, mais do que isso; direcionam o nosso ato proclamante, nossos métodos, bem como as nossas expectativas no que se refere aos frutos da evangelização.

            Deste modo, são estes pressupostos que determinam à nossa maneira de ver e, portanto, agir no mundo.[2]  O fato de evangelizarmos, por si só, já envolve pré-compreensões, pressuposições que nos conduzem à necessidade de transmitir esta mensagem, considerando-a não como algo excêntrico, mas, “normal” e vital  para a igreja.[3]

            Portanto, a evangelização, como a praticamos está relacionada à nossa perspectiva da Palavra. Como sempre, a questão epistemológica antecede à práxis.

            A evangelização não é algo periférico ou sazonal, antes, faz parte da natureza essencial da igreja, portanto, de seu viver.

            Vejamos alguns desses pressupostos.

2.4.1. A Inspiração e Inerrância das Escrituras[4]

A Igreja não recebeu essa Escritura de Deus para simplesmente repousar sobre ela, muito menos para enterrar esse tesouro na terra. Pelo contrário, a Igreja é chamada para preservar essa Palavra de Deus, explaná-la, pregá-la, aplicá-la, traduzi-la, difundi-la no estrangeiro, recomendá-la e defendê-la – em uma palavra, fazer com que os pensamentos de Deus, revelados na Escritura, triunfem em todos os lugares e em todas as épocas sobre o pensamento do homem. Toda a obra que a Igreja é chamada a fazer é de ministrar a Palavra de Deus. A Igreja ministra a Palavra de Deus quando ela é pregada na assembleia dos crentes, é interpretada e aplicada, quando é compartilhada nos sinais do pacto e quando a disciplina é mantida. Em um sentido mais amplo, o serviço da Palavra é muito mais abrangente. – Herman Bavinck.[5]

  Entendemos a inspiração, como sendo a influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os homens separados por Ele mesmo, a fim de registrarem de forma inerrante e suficiente toda a vontade de Deus, constituindo este registro na única fonte e norma de todo o conhecimento cristão. (2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21).[6]

            Warfield (1851-1921), comentando o texto de 2Tm 3.16, diz:

Numa palavra, o que se declara nesta passagem fundamental é, simplesmente, que as Escrituras são um produto divino, sem qualquer indicação da maneira como Deus operou para as produzir. Não se poderia escolher nenhuma outra expressão que afirmasse, com maior saliência, a produção divina das Escrituras, como esta o faz. (…) Paulo (…) afirma com toda a energia possível, que as Escrituras são o produto de uma operação especificamente divina.[7]

            A palavra Qeo/pneustoj não significa “ins-pirado” mas, sim “ex-pirado”; ou seja, ao invés de soprado para dentro, soprado para fora. O que Paulo quer dizer, é que toda a Escritura Sagrada é soprada, exalada por Deus. Ou, se tomarmos a palavra apenas no sentido passivo, diremos que a revelação é soprado pelas páginas das Escrituras. Deste modo, podemos dizer que Deus é o Autor e o Conteúdo das Escrituras.

            A Bíblia é o resultado da vontade soberana de Deus, que se revelou e fez registrar fidedignamente esta revelação.

            É justamente devido ao fato de muitos cristãos terem negado de modo confessional e/ou vivencial a inspiração e a inerrância das Escrituras, que tem havido tantas heresias em toda a história do Cristianismo. Esse desvio teológico, acerca destas verdades, tem contribuído de forma acentuada, para que os homens não mais discirnam a Palavra de Deus e, por isso, não possam usufruir da sua operação eficaz levada a efeito pelo Espírito.

            No seu ato evangelizador a Igreja prega a Palavra de Deus conforme a ordem divina expressa nas Escrituras; fala da salvação eterna oferecida por Cristo conforme as Escrituras e proclama as perfeições de Deus conforme as Escrituras. Ora, se a Igreja não tem certeza da fidedignidade do que ensina, como então, poderá testemunhar de forma honesta e coerente?

            Uma Igreja que não aceite a inspiração e a inerrância bíblica, não poderá ser uma igreja missionária.[8] Como poderemos pregar a Palavra se não estivermos confiantes do sentido exato do que está sendo dito? Como evangelizar se nós mesmos não temos certeza, se o que falamos procede da Palavra de Deus ou, está embasado em uma falácia?

            Greidanus acentua de forma correta: “A pregação não é simplesmente uma palavra acerca de Deus e seus atos redentivos, mas uma palavra de Deus e, como tal, ela mesma é um evento redentivo”.[9]

            Graham (1918-2018), em 1974, no Congresso de Lausanne, na Suíça, afirmou corretamente: “Se há uma coisa que a história da Igreja nos deveria ensinar, é a importância de um evangelismo teológico derivado das Escrituras”.[10]

            Neste sentido, encontramos a convicção de Paulo, o grande missionário, de que a Palavra de Deus é fiel; por isso, ele a ensinava com autoridade (1Tm 1.15; 4.9/2Tm 4.6-8).[11]

            A grandiosidade da pregação consiste basicamente, não nos recursos de retórica (os quais certamente devem ser buscados), mas em sua pureza, em sua fidelidade à Palavra.[12] Como bem disse Spurgeon (1834-1892), “Se o que pregarem não for a verdade, Deus não estará aí”.[13] 

            Assim sendo, a pregação grandiosa é bíblica. Pois bem, se eu não creio na inspiração e inerrância das Escrituras, certamente, poderei ter consciência da biblicidade da minha pregação (basta que pregue o que está escrito), contudo, como poderei ter certeza da veracidade daquilo que prego, visto que neste caso, ser bíblico não é a mesma coisa que ser inerrante e por isso verdadeiro? Se destruo os fundamentos, cai todo o edifício.

            Creio que Satanás objetivando esmorecer o ímpeto evangelístico da Igreja, tem usado deste artifício: minar a doutrina da inspiração e inerrância das Escrituras, a fim de que a Igreja perca a compreensão de sua própria natureza e, assim, substitua a pregação evangélica por discursos éticos, políticos, sociais, filosóficos, de autoajuda ou de prosperidade financeira.[14]

            Aliás, a Escritura sempre foi um dos alvos prediletos de Satanás (Vejam-se: Gn 3.1-5; Mt 4.3,6,8,9; 2Co 4.3,4).[15] Satanás não diz diretamente algo a nós, mas dá a entender, induz, sugere uma ideia. Ele nos faz pensar de uma forma equivocada, dando-nos a impressão de que agora, de fato, descobrimos a verdade, temos a solução autônoma para o nosso problema e para os dos outros.

            A Eva, ele diz: “É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim?” (Gn 3.1). Ora, Deus não tinha dito isto. Ao contrário; de toda a árvore o homem poderia comer exceto uma: a árvore do conhecimento do bem e do mal. No entanto, usando palavras semelhantes satanás diz coisas bem diferentes. Na insinuação satânica havia a tentativa de dizer que Deus era mentiroso e, portanto, não deveria ser obedecido. Eva cedeu; duvidou da Palavra de Deus e consequentemente do Deus da Palavra.

            A tentação promovida por satanás contra Jesus Cristo indica a sua convicção de que Ele era realmente homem, portanto, passível de queda. Jamais encontramos nas Escrituras satanás desafiando diretamente a Deus. Ele age ordinariamente tentando os servos de Deus a desobedecerem a Deus e, consequentemente, a se afastarem do Senhor. Porém, não o vemos provocando um confronto direto.

            Satanás parcialmente descrente ou ignorante quanto ao significado  da encarnação  de Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, convicto de sua humanidade, o tenta, como fizera com Adão e continua fazendo com os homens durante todo o tempo que Deus lhe tem permitido agir dentro de uma esfera restrita.

            Por isso, ele usa com Jesus, com fome no deserto, da mesma estratégia, dizendo: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pão”(Mt 4.3).

            O seu desejo é fazer com que Jesus duvide da sua filiação divina ou, que tente prová-la por meio de algum sinal maravilhoso, sucumbindo assim, à tentação. Aliás, este foi um desafio comum a Jesus Cristo: usar de seu poder eterno para fazer o que desejasse à revelia de sua missão. No entanto, em tudo ele se submeteu ao Pai conforme o pacto eterno (Mt 26.29; Jo 8.28, 29,42; 17.1-6).

            Não satisfeito com a resposta de Jesus, satanás continua: “Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito; que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”(Mt 4.6).

            Mais tarde, na sua crucificação, o mesmo tipo de tentação é feito ao Senhor Jesus:

E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus (Mt 27.38-43) (Mc 15.30-32).

            Na insinuação diabólica há sempre uma tentativa de mostrar que o nosso caminho, a nossa opção é a melhor; a sua proposta sempre se configurará como a mais lógica e atraente.

            A desobediência a Deus de fato é, com frequência, o caminho que nos parece mais objetivo e prático, além de encontrarmos uma inclinação natural para seguir nessa direção. No entanto, a vontade de Deus para nós é que resistamos a estas tentações e continuemos crendo em Deus e na sua Palavra, seguindo a rota proposta; o caminho de vida por Ele traçado para nós.

            A heresia normalmente surge assim: Satanás, que cita a Palavra de Deus,[16] insinua que há algo mais profundo e rápido do que o árduo estudo das Escrituras; ele propicia “revelações especiais”, sonhos, “luz interior”.

            Ele nos diz que por intermédio destes meios podemos chegar a conhecer mais do que todos os homens. Que finalmente descobrimos o “método” de Deus para o nosso “crescimento espiritual”, para adquirir uma visão mais abrangente do mundo que nos circunda.

            Satanás é o grande divulgador da “autoajuda”.[17] Faça você mesmo sem necessidade de Deus e da sua Palavra; esta é a sua insinuação. “Satanás, furtivamente, se move sobre nós e gradualmente nos alicia por meio de artifícios secretos, de modo tal que quando chegamos a extraviar-nos, não nos apercebemos de como o fizemos. Escorregamo-nos gradualmente, até finalmente nos precipitarmos na ruína”, alerta-nos Calvino.[18]

            O alvo constante de satanás é a Palavra de Deus.

Ele procura tirá-la de nós, ou, senão, dar-nos uma visão distorcida do seu teor.  No seu argumento sempre há algo de verdadeiro, contudo,  a sua dialética, que pode se valer das Escrituras, tem um referencial totalmente excludente, o qual ele dilui muito bem a fim de dar-nos a impressão de que a sua conclusão é coerente com a Palavra.[19]  

            Como bem disse Bonhoeffer (1906-1945): “A fraude, a mentira do diabo consiste na sua tentativa de fazer o homem acreditar que poderia viver sem a Palavra de Deus”.[20]

            Com este propósito ele também age por intermédio de falsos mestres, dizendo-nos que pode nos levar à verdade plena muito superior à que nos é proposta pela Escritura.

            Foi isto que ocorreu na igreja de Corinto: os falsos mestres usados por satanás fizeram muitos crentes acreditarem que o apóstolo Paulo era desprezível, portanto, não poderia dar-lhes ensinamento profundo. Nós sabemos quanto sofrimento isto trouxe à igreja e a Paulo; quanta dor e desvios doutrinários e consequentemente um distanciamento de Deus. Satanás sempre objetiva nos afastar de Deus e, quando damos crédito às suas insinuações, ele consegue o seu objetivo.

            Entretanto, a Igreja é chamada a proclamar com firmeza o Evangelho, conforme registrado na Bíblia e preservado pelo Espírito ao longo dos séculos: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”(2Tm 4.2).

            Calvino orienta-nos:

Visto que satanás está diariamente fazendo novos assaltos contra nós, é necessário que recorramos às armas, e é mediante a lei divina que somos munidos com a armadura que nos capacita a resistir. Portanto, quem quer que deseje perseverar em retidão e integridade de vida, então que aprenda a exercitar-se diariamente no estudo da Palavra de Deus; pois, sempre que alguém despreze ou negligencie a instrução, o mesmo cai facilmente em displicência e estupidez, e todo o temor de Deus se desvanece em sua mente.[21]

            A Igreja prega o Evangelho, consciente de que Ele é o poder de Deus para a salvação dos que creem (Rm 1.16);[22] por isso, recusar o Evangelho significa rejeitar o próprio Deus que nos fala (1Ts 4.8).[23]

            Comentando Rm 1.16, Calvino diz que aqueles que se recusam ouvir “a Palavra proclamada estão premeditadamente rejeitando o poder de Deus e repelindo de si a mão divina que pode libertá-los”.[24]

A Igreja proclama a Palavra, não as suas opiniões a respeito da Palavra, consciente que Deus age por meio das Escrituras, produzindo frutos de vida eterna (Rm 10.8-17; 1Co 1.21; 1Co 15.11; Cl 1.3-6; 1Ts 2.13-14).[25]

            A Igreja por si só não produz vida, todavia ela recebeu a vida em Cristo (Jo 10.10)[26] por meio da sua Palavra vivificadora. Deste modo, ela ensina a Palavra, para que pelo Espírito de Cristo, que atua mediante as Escrituras, os homens creiam e recebam vida abundante e eterna.

            A Igreja anuncia a Palavra crendo na sua autenticidade, sabendo que Ela é a Palavra de Deus, poderosa para a salvação de todo aquele que crê.

            Quando anunciamos o Evangelho podemos ter a certeza de que Deus cumpre a sua Palavra. Sem esta convicção não há lugar para a pregação eficaz.

Maringá, 16 de julho de 2022.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa



[1] Henry H. Van Til, O Conceito Calvinista de Cultura, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 23.

[2]Vejam-se: Phillip E. Johnson no Prefácio à obra de Nancy Pearcey, A Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo de Seu Cativeiro Cultural, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2006, p. 11 e Francis A. Schaeffer, Como viveremos? São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2003, p. 11.

[3] Veja-se: Michael Green; Alister E. McGrath, eds., Cómo Llegar a Ellos? Barcelona: CLIE, 2003,p. 17.

[4]Sobre este tópico, veja-se, Hermisten M.P. Costa, A inspiração e a inerrância das Escrituras, 2. ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008.

[5] Herman Bavinck, Teologia Sistemática, Santa Bárbara d’Oeste, SP.: SOCEP., 2001, p. 129.

[6]“Toda a Escritura é inspirada por Deus (Qeo/pneustoj) e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17). “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (1Pe 1.20-21).

[7]B.B. Warfield, Revelation and Inspiration: In: The Works of Benjamin B. Warfield, Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 2000 (Reprinted), v. 1, p. 79. “Paulo não está apresentando uma nova teoria sobre a inspiração; ele está pronunciando o ponto de vista de Jesus a respeito da Bíblia” (J. Ligon Duncan III, A natureza, os benefícios e os efeitos da Escritura: In:  John MacArthur,  org., A Palavra inerrante, São Paulo: Cultura Cristã, 2018, [p. 93-102], p. 98).

[8]De modo operacional não faço aqui nenhuma distinção entre “missão” e “evangelização” (Veja-se: R.B. Kuiper, Evangelização Teocêntrica, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1976, p. 1). Costas, que diz haver uma confusão entre os termos, assim os distingue: “Missão e evangelismo são, pois, dois lados da mesma moeda. A moeda é Deus (Sic) e Sua atividade redentora em favor de toda a humanidade. Evangelismo é o anúncio dessa obra; missão é o mandamento que nos compele a pôr em ação esse anúncio” (Orlando E. Costas, La Iglesia e Su Mision Evangelizadora,Buenos Aires: La Aurora, 1971, p. 27). O autor acrescenta, de forma acertada, que a distinção equivocada entre “missão” e “evangelização, tem levado a Igreja a ter uma visão unilateral de missão: ou apenas no exterior, esquecendo-se do seu âmbito local, ou apenas local em detrimento daquela. (Veja-se: Ibidem., p. 33ss). Neste sentido, vejam-se as pertinentes observações de Francis A. Schaeffer (F. A. Schaeffer, Forma e liberdade na igreja: In: A missão da igreja no mundo de hoje, São Paulo; Belo Horizonte, MG.: ABU;  Visão Mundial, 1982, p. 222).

[9]Sidney Greidanus, O pregador contemporâneo e o texto antigo: interpretando e pregando literatura bíblica, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 21.

[10]Billy Graham, Por que Lausanne?: In: A Missão da Igreja no Mundo de Hoje, p. 20.

[11]“Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). “Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação” (1Tm 4.9). “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2Tm 4.6-8).

[12]Veja-se: John H. Jowett, O Pregador, Sua Vida e Obra, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1969, p. 97.

[13]C.H. Spurgeon, Firmes na Verdade,Lisboa: Edições Peregrino, 1990, p. 85. Alhures, Spurgeon, nos diz: “O verdadeiro ministro de Cristo sabe que o verdadeiro valor de um sermão está, não em seu molde ou modo, mas na verdade que ele contém. Nada pode compensar a ausência de ensino; toda retórica do mundo é apenas o que a palha é para o trigo, em contraste com o evangelho da nossa salvação. Por mais belo que seja o cesto do semeador, é uma miserável zombaria, se estiver sem sementes” (Lições aos Meus Alunos, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1982, v. 2, p. 88).

[14]Vejam-se: D. Martyn Lloyd-Jones, Pregação e Pregadores, São Paulo: Fiel, 1984, p. 9-10; James M. Boice, O Pregador e a Palavra de Deus: In: J.M. Boice, ed. O Alicerce da Autoridade Bíblica, São Paulo: Vida Nova, 1982, p. 143-167; J.C. Ryle,A Inspiração das Escrituras, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, (s.d.), p. 15.

[15] Veja-se: Hermisten M. P. Costa, O Pai Nosso, São Paulo: Cultura Cristã, 2001.

[16]Bonhoeffer, com argúcia, disse que “Também Satanás sabe empregar a Palavra de Deus como arma na luta” (D. Bonhoeffer, Tentação,Porto Alegre, RS.: Editora Metrópole, 1968, p. 52).

[17] Outro mal contemporâneo é aquilo que MacArthur chama de “teologia da autoestima” e “psicologia da auto-estima” (Ver: John MacArthur Jr., Sociedade sem Pecado, São Paulo: Cultura Cristã, 2002, p. 74ss).

[18]João Calvino, Exposição de Hebreus,(Hb 6.4), p. 151-152.

[19] “O credo alternativo do diabo contém, frequentemente, alguns elementos  da verdade, escolhidos com cuidado – mas sempre diluídos e totalmente misturados com falsidades, contradições, deturpações, distorções e qualquer outra perversão imaginável da realidade. E, somando tudo isso, o resultado final é uma grande mentira” (John F. MacArthur, Jr., A Guerra pela Verdade: lutando por certeza numa época de engano, São José dos Campos, SP.: Editora Fiel, 2008, p. 71).

[20] D. Bonhoeffer, Tentação, p. 60.

[21]João Calvino, O Livro dos Salmos,São Paulo: Paracletos, 1999, v. 1, (Sl 18.22), p. 383. “Nada é mais solicitamente intentado por Satanás do que impregnar nossas mentes, ou com dúvidas, ou com menosprezo pelo evangelho” (João Calvino, Efésios,São Paulo: Paracletos, 1998, (Ef 1.13), p. 35).

[22]“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego” (Rm 1.16).

[23]“Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1Ts 4.8).

[24]João Calvino, Exposição de Romanos,São Paulo: Paracletos, 1997, (Rm 1.16), p. 58.

[25] “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.8-17). “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação” (1Co 1.21). “Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes” (1Co 15.11). “Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que chegou até vós; como também, em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade” (Cl 1.3-6). “Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes. Tanto é assim, irmãos, que vos tornastes imitadores das igrejas de Deus existentes na Judeia em Cristo Jesus; porque também padecestes, da parte dos vossos patrícios, as mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram dos judeus” (1Ts 2.13-14). (Destaques meus).

[26]“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10.10).

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