Revelação, conhecimento e relacionamento pessoal

O conhecimento do nome de Deus só nos é possível por iniciativa do próprio Deus. O seu nome não é descoberto ou atribuído por nós de forma arbitrária. Ele mesmo se dá a conhecer em Jesus Cristo. A revelação é um ato da livre graça de Deus.

O nome abrange tudo quanto nos foi revelado a seu respeito: todos os seus atributos revelados e todas as suas obras. O nome de Deus está relacionado à sua revelação; Jesus revelou (fanerw/n (phanerõn) = “tornar claro”; “manifestar”, “fazer conhecido”) o nome do Pai (Jo 17.6; At 9.15; Jo 12.28).

Revelar o nome significa revelar a própria pessoa e o seu caráter; assim como, confiar no nome é o mesmo que confiar na pessoa (Sl 9.10; 20.7; 22.22; Mt 12.21 etc).

O nome é a própria pessoa em seus atos. Nas Escrituras o nome revela aspectos do seu caráter e perfeição. Quando o nome do Pai é associado ao do Filho e ao do Espírito Santo, assume o caráter de completude perfeita e harmoniosa.

Os nomes de Deus nas Escrituras nos falam de aspectos de sua natureza e de seus atos. Em contrapartida, essa revelação deve deixar claro para nós como devemos nos relacionar com Ele. Em outras palavras: se Deus se revela como santo, justo, misericordioso, fiel e majestoso, a nossa relação com ele deve levar tudo isso em consideração: O Deus a quem servimos e oramos é um Deus santo, justo, misericordioso, fiel e majestoso. Obviamente isso deve ser essencialmente modelador de nossos atos, orações e culto.

Por vezes, o nosso problema fundamental é que nos falta um conhecimento pessoal de Deus, um conhecimento de quem ele é; e, portanto, de uma confiança resultante da certeza de quem é o Deus em quem cremos.

O nome de Deus só pode ser genuinamente conhecido por meio do conhecimento salvador de Jesus Cristo. Jesus Cristo não se perdeu em questões periféricas, antes, diz que manifestou o nome de Deus, ou seja: anunciou o caráter, os atos e as perfeições de Deus. (Jo 17.6,26).

A Palavra anunciada por Cristo revelava a Deus como Senhor de todas as coisas, evidenciando aspectos da sua natureza.

Toda a nossa relação com Deus, envolvendo o nosso pensar, fazer e cultuar deve ter como ponto de partida a natureza de Deus revelada.

O Salmo 23 é claramente relacional. Se o Senhor é o meu pastor, eu de fato sou sua ovelha. Somos o que somos enquanto o somos para o outro. Não existe pastor sem ovelhas, nem ovelhas sem pastor. A nossa alegria e segurança é saber que o nosso pastor é o Senhor. Por isso mesmo, eu não preciso de nada. Não por resignação, mas, porque nada nos falta nem nos faltará.

Jequié, 10 de novembro de 2018.
Rev. Hermisten M.P. Costa

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