A Pessoa e Obra do Espírito Santo (4)

2. O Espírito Santo no Antigo Testamento (Continuação)

            O Antigo Testamento dá mais ênfase à atividade do Espírito do que à sua natureza; no entanto, nem por isso deixa de evidenciar a sua personalidade e divindade (Sl 51.11; Is 48.16;[1] 63.10,11; Zc 3.9/Zc 4.6,10;[2] Mq 2.7),[3] bem como a sua distinção de Deus (Nm 11.17; Ez 37.9), temas que serão melhor desenvolvidos no Novo Testamento.

            Abrindo um parêntese, podemos usar a figura do eminente teólogo de Princeton, Warfield (1851-1921), que, referindo-se à doutrina da Trindade, disse:

Podemos comparar o Velho Testamento com um salão ricamente mobilado, mas muito mal iluminado; a introdução de luz nada lhe traz que nele não estivesse antes; mas apresenta mais, põe em relevo com maior nitidez muito do que mal se via anteriormente, ou mesmo não tivesse sido apercebido. O mistério da Trindade não é revelado no Velho Testamento; mas o mistério da Trindade está subentendido na revelação do Velho Testamento, e aqui e acolá é quase possível vê-lo.[4]

            Do mesmo modo, Ferguson conclui:

A história do Espírito permanece incompleta quando limitada às páginas do Antigo Testamento. O Evangelho de João torna isso bem claro: “pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (Jo 7.39). Toda a revelação veterotestamentária tem um ‘ainda não’ escrito como a olhar para seu alvo em Cristo.[5]

            Esta constatação serve-nos de alerta para que consideremos a Bíblia como um todo harmonioso e orgânico; toda ela procede de Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.20-21);[6] e também para o fato de que não podemos nos esquecer que, muitos dos textos veterotestamentários ganham um sentido mais eloquente para nós, justamente por dispormos das “luzes” do Novo Testamento, direcionadas pelo Espírito Santo.

            A atividadedo Espírito é demonstrada mais amplamente no homem, ainda que não exclusivamente, visto ser Ele o agente e sustentador da criação (Gn 1.2; Jó 4.9; 26.13; 33.4; 34.14,15; Sl 33.6; 104.30; Is 40.7; 42.5). Há em todas as criaturas a sustentação de Deus; nada existe sem a manutenção constante de Deus.[7]

            O Antigo Testamento mostra o Espírito como onisciente (Is 40.13), onipresente (Sl 139.7) e onipotente (Is 34.16), evidenciando assim, a impotência e inércia dos ídolos, visto que estes não têm espírito, não têm vida (Hc 2.19/Jr 10.14). Somente Deus pode conceder vitalidade, já que a vida pertence a Deus (Ez 37.14/Hc 3.2) (hfyfx) (hãyãh).[8]

            Apresentando a questão de forma didática, podemos dizer que o Antigo Testamento descreve Deus por meio do Espírito agindo no homem em três níveis, a saber:

1) NÍVEL FÍSICO E INTELECTUAL[9]

                        O Espírito concede ao homem conhecimento e habilidade para tarefas específicas. Esta concessão, não implica necessariamente, na transformação espiritual, como bem observou Hodge (1797-1878), “Todas essas operações são independentes das influências santificadoras do Espírito”.[10] Esta presença pode ser tão marcante, que não passa despercebida, mesmo de um pagão, como no caso de Faraó em relação a José (Gn 40.8/41.16,38,39; Ex 28.3; 31.1-5; 35.30-36.2;[11] Nm 11.17,25; 22.38/24.2; Jó 32.8; Dn 4.8-9; 5.11-14).

            Neste mesmo aspecto, encontramos o Espírito agindo de modo capacitante nos Seus servos, concedendo-lhes autoridade (para comandar, julgar) e vitória sobre todos os desafios (Nm 11. 17,25-29; 27.18-21/Dt 34.9; Jz 3.10; 6.34;11.29;13.25; 14.6; 15.14; 1Sm 10.6/11.6; 1Cr 12.18).

2) NÍVEL RELIGIOSO-MORAL

                        Aqui vemos o Espírito de santidade, Aquele que produz no homem o caráter moral de Deus, esquadrinhando o coração humano, entristecendo-se e testificando contra o pecado, conduzindo-o por meio da regeneração (Ez 11.19; 36.26,27), ao arrependimento, à fé e à santidade (Ne 9.20,30; Sl 32.2; 51.11; 143.10; Is 59.21; 63.10,11; Ez 39.29; Ag 2.5), que se revelam num fervor religioso (Is 26.9; Zc 12.10). O Antigo Testamento ensina claramente, que as operações do Espírito Santo envolviam uma renovação moral e espiritual de Seu povo.[12]

            Lembremo-nos de que a salvação no Antigo Testamento não difere da salvação no Novo Testamento: todos dependem da obra redentora de Cristo, sendo aplicada a nós pelo Espírito Santo.[13]  

            Mesmo no Antigo Testamento, os patriarcas, os profetas e o povo em geral foram perdoados, não porque ofereceram sacrifícios, mas sim, pela fé no Cristo que viria. As ofertas quando apresentadas como ato sincero de obediência a Deus eram aceitas como expressões de fé.

A obra de Cristo envolve todos os crentes: todos os fiéis do passado, presente e futuro.[14] “A única maneira de alguém ser perdoado, antes de Cristo, depois de Cristo e em qualquer ocasião, é através de Cristo, e este crucificado”, enfatiza Lloyd-Jones (1899-1981).[15]

            Ninguém ficará de fora nem jamais houve ou haverá redenção fora do sacrifício único e vicário de Cristo: a obra de Cristo é completa e suficiente. No Calvário, o Senhor Jesus não verteu uma gota sequer de sangue que fosse em vão. Não houve desperdício, nem carência. Ele expiou os pecados de todo e exclusivamente de seu povo.

            Escreve Calvino:

Em cada época, desde o princípio, houve pecados que necessitavam de expiação. Portanto, a menos que o sacrifício de Cristo fosse eficaz, nenhum dos [antigos] pais haveria obtido a salvação. Visto que se achavam sujeitos à ira divina, qualquer remédio para livrá-los teria resultado em nada, se Cristo, ao sofrer uma vez por todas, não sofresse o suficiente para reconciliar os homens com a graça de Deus, desde o princípio do mundo e até ao fim. A não ser que desejemos muitas mortes, contentemo-nos com um só sacrifício. (…) Não está no poder do homem inventar sacrifícios como lhe apraz. Eis aqui uma verdade expressa pelo Espírito Santo, a saber: que os pecados não são expiados por um sacrifício, a menos que haja derramamento de sangue. Por conseguinte, a ideia de que Cristo é sacrificado muitas vezes não passa de uma invenção diabólica.[16]

            Insistimos nesse importantíssimo ensino das Escrituras: Os méritos de Cristo alcançam a todo o seu povo, quer do Antigo, quer do Novo Testamento: Ninguém jamais foi ou será salvo fora da obra expiatória de Cristo: A Boa Nova é que o alcance de seus merecimentos, por ter sido perfeita a sua obra, chega aos nossos dias, estando disponível a todos os que crerem.[17] Todos aqueles por quem Cristo morreu serão salvos. A igreja, composta por pessoas que foram alcançadas por esta graça, é a agente desta mensagem.

            Calvino (1509-1564) resume:

Tudo o que o Senhor tinha feito e sofrido para adquirir salvação para o gênero humano pertencia tanto aos crentes do Antigo Testamento quanto a nós. E, de fato, eles tinham um mesmo espírito que nós temos, pelo qual Deus regenera os Seus para a vida eterna. Portanto, como vemos que o Espírito de Deus, que é como uma semente de imortalidade em nós (pelo que é chamado penhor da nossa herança), habitava neles, como ousaríamos vetar a eles a herança da vida?.[18]

            À frente, acrescenta:

Foi isso que desejei sustentar, isto é, que todos os santos a respeito dos quais lemos na Escritura que foram escolhidos por Deus, desde o princípio do mundo, têm sido participantes conosco das mesmas bênçãos que nos são dadas com a salvação eterna.[19]

            Após o cativeiro babilônico, Deus encoraja o povo, dizendo que o seu Espírito permanecia no meio dele; aqui vemos a manifestação do Deus do Pacto (Ag 2.4,5), cuja presença por Si só é altamente estimulante (Vejam-se: Ex 29.45,46; 33.14; Dt 31.6-8; Js 1.9; Is 41.10,13; 43.2/2Tm 1.7; Hb 13.5). “A certeza da promessa de Deus e o fato do Espírito sempre presente seriam suficientes para acalmar os temores da comunidade”, comenta Van Groningen (1921-2014).[20]

            O particípio ativo do verbo hebraico “habitar” (damf()(ãmadh) (Ag 2.5) indica a ideia de que Deus sempre esteve presente no meio do Seu povo, mesmo durante o cativeiro (Ed 9.9; Ne 9.17,18,20,28); a presença de Deus não é algo pontilhado, durante determinados eventos da história, antes, é contínua, ininterrupta.[21] “Se o exílio aparentemente tinha anulado a aliança, agora o povo era certificado de que Deus ainda estava entre eles em Espírito, como estivera durante todo o êxodo (Ex 29.45)”, interpreta Baldwin (1921-1995).[22]

            O fundamento do Pacto está na “palavra da aliança” e no “Espírito” presente. Aliás, a Aliança sempre está ligada à Palavra misericordiosa de Deus e ao seu Espírito (Is 54.10; 55.3; 59.21; Ag 2.5/Dt 7.9; 1Rs 8.23; Dn 9.4).[23] O Espírito dirige a história de forma poderosa, “transpondo os obstáculos”, fazendo com que – de uma forma misteriosa para nós –, Deus sempre cumpra a “palavra da aliança”.

3) NÍVEL PROFÉTICO-REVELACIONAL

                        O Espírito é o agente de Deus na revelação da sua vontade, colocando-a nos lábios dos profetas. O Espírito é apresentado como “o veículo comunicador de toda a criativa plenitude dos poderes divinos”, comentam Keil (1807-1888) e Delitzsch (1813-1890).[24]

            O Espírito revela, inspira e ilumina os profetas (Nm 11.25,26; 1Sm 10.6; 2Rs 2.9,15; 1Cr 12.19; 2Cr 15.1; 20.14; Is 11.2; 42.1; 48.16; 59.21; Ez 2.2; 3.24; 8.3; 11.24; Zc 7.12/Am 3.7; Mq 3.8/2Sm 23.2). Por isso, a sua mensagem consiste no anúncio fiel da revelação de Deus. Os profetas, conscientes disso, insistentemente traziam como preâmbulo à sua mensagem, os dizeres: “Assim diz o Senhor…”,“Ouvi a Palavra do Senhor…”,“Veio a Palavra do Senhor…”(Cf. Jr 27.1; 30.1,4; Ez 31.1; Os 1.1; Jl 1.1; Am 1.3; 2.1; Ob 1.1; Mq 1.1). Por sua vez, os profetas “especulativos” eram qualificados de “falsos”, por proferirem as suas próprias palavras, fruto de seus desejos, e não a Palavra de Deus (Vejam-se: Jr 14.14; 23.16; 29.9; Ez 13.2,3,6).[25]

            Tanto neste nível como no anterior, podemos dizer com Van Groningen que, “O Espírito, um poder capacitador, reveste aquele sobre o qual repousa com as qualidades que o próprio Espírito possui”.[26]

            Do que foi visto até aqui, depreende-se, que a experiência do profeta com o Espírito não era comum a todos em Israel (Nm 11.29). Todavia, o Antigo Testamento aponta para o futuro, quando o Espírito seria derramado sobre todos em Israel – homens e mulheres, jovens e velhos –, e também, sobre todos os homens indistintamente (Ez 36.27; 37.14; Jl 2.28-32; Zc 12.10).[27] O cumprimento desta promessa estava relacionado com a Obra do Messias, que viria – como de fato veio –, na plenitude do tempo e do Espírito Santo (Is 11.2; 42.1; 48.16; 61.1-11[28]/Lc 4.16-21; Jo 3.34; 14.16,17,26; 15.26). “Deus fez repousar plenamente o Seu Espírito sobre Jesus para que Ele fosse uma fonte para nós, a fim de recebermos por meio dele da Sua plenitude e, associados a Ele, pudéssemos, nessa comunhão, participar das graças do Espírito Santo”, conclui Calvino.[29]

            O profeta Isaías descreve o Messias como aquele que “pode cumprir todos os seus deveres porque é ungido por Yahwéh por meio da dádiva do Espírito”.[30] Foi o próprio Senhor quem “designou, equipou e autorizou seu escolhido” para ministrar a tarefa que lhe competia como profeta, sacerdote e rei.[31]

Maringá, 25 de setembro de 2020.

Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa


[1] O profeta aqui alude a si mesmo e ao Espírito, indicando a sua inspiração profética (Cf. Is 61.1; Ez 2.2; 11.5; 37.1; Zc 7.12). (Veja-se: A.R. Crabtree, A Profecia de Isaías,Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1967, v. 1, p. 166; C.F. Keil; F. Delitzsch, Commentary on the Old Testament,Grand Rapids, Michigan:  Eerdmans, v. VII/2, 1969, p. 252-253).

[2] Aqui, Zacarias fala de forma poética do Espírito de Deus como sendo os “sete olhos”. Figura análoga é empregada em Ap 4.5. (Veja-se: J. Barton Payne, The Theology of the Older Testament,Grand Rapids, Michigan:  Zondervan, © 1961, p. 174).

[3] Um contraste revelante é feito, quando é dito que os ídolos não têm hUr (Jr 10.14; Hc 2.19).

[4] B.B. Warfield, A Doutrina Bíblica da Trindade,p. 130-131.

[5] Sinclair B. Ferguson, O Espírito Santo, p. 40.

[6] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Inspiração e Inerrância das Escrituras,2. ed.São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2008.

[7] Cf. Abraham Kuyper, The Work of the Holy Spirit,p. 27.

[8] Este verbo e os seus derivados ocorrem no Antigo Testamento cerca de 800 vezes, sendo traduzido normalmente por “viver” e “vida”. A sua origem etimológica ainda não foi explicada satisfatoriamente. Biblicamente, hfyfx tem o sentido de: a) Chamar à existência o que não existia: (Gn 2.7 (adjetivo: yfx “vivente”); Jó 33.4/2Rs 5.7), e b) Preservar vivo: (Gn 7.3; 19.32; Sl 33.19; 41.2).

[9] McGrath chama esta ação do Espírito de “carisma” (Ver: Alister E. McGrath, Teologia Sistemática, histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã, p. 363).

[10]“Quando o Espírito veio sobre Sansão ou sobre Saul, não foi com o intuito de torná-los santos, mas para dotá-los com extraordinário poder físico e intelectual; e, quando lemos que o Espírito se afastou deles, isso significa que eles foram privados dos dons extraordinários” (Charles Hodge, Teologia Sistemática, São Paulo: Hagnos Editora, 2001, p. 395).

[11] Veja-se: Sinclair B. Ferguson, O Espírito Santo, p. 26.

[12] Veja-se: Sinclair B. Ferguson, O Espírito Santo, p. 26-31.

[13]“No tempo do Antigo Testamento, ele estava incessantemente ativo – na criação e na preservação do universo, na providência e na revelação, na regeneração de crentes, e na capacitação de pessoas especiais para tarefas especiais” (John Stott.Batismo e Plenitude do Espírito Santo, 2. ed. Ampli., São Paulo: Vida Nova, 1986, p. 17).

[14]“Quando o Filho de Deus sofreu e morreu, Ele assim expiou os pecados de todos os que o aceitaram ou iriam aceitá-lo por meio de uma fé viva, ou seja, por todos os crentes de ambas as dispensações. Os méritos da cruz estendem-se tanto para trás como para adiante” (W. Hendriksen, Romanos, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, (Rm 3.25-26), p. 178).

[15] D. Martyn Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte, São Paulo: FIEL., 1984, p. 359. “Ninguém pode dizer, nem por um momento, que pessoas como Davi, Abraão, Isaque e Jacó não foram perdoadas. Mas não o foram por causa daqueles sacrifícios que ofereceram. Eles foram perdoados porque olhavam para Cristo. Não percebiam isso claramente, mas criam no ensinamento e faziam essas ofertas pela fé. Criam na Palavra de Deus, que Ele um dia no porvir, proveria um sacrifício, e pela fé se mantiveram firmes nisso. Foi a fé em Cristo que os salvou, exatamente como é a fé em Cristo que salva agora” (D.M. Lloyd-Jones, A Cruz: A Justificação de Deus, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, (s.d.), p. 9-10).

[16]João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 9.26), p. 245-246. “A razão pela qual Deus ordenara que se oferecessem vítimas como expressão de ações de graça foi, como é bem notório, para ensinar ao povo que seus louvores eram contaminados pelo pecado, e que necessitavam de ser santificados exteriormente. Por mais que proponhamos a nós mesmos louvar o nome de Deus, outra coisa não fazemos senão profaná-lo com nossos lábios impuros, não houvera Cristo se oferecido em sacrifício com o propósito de santificar a nós e às nossas atividades sagradas (Hb 10.7). É através dele, como aprendemos do apóstolo, que nossos louvores são aceitos” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Edições Paracletos, 1999, v. 2, (Sl 66.15), p. 631).

[17] “Ele (escritor de Hebreus) demonstra agora quão absurda será nossa atitude se não dermos valor ao único sacrifício de Cristo, o qual efetua eficientemente expiação. Se isso é assim, ele infere que Cristo deveria morrer muitas vezes, visto que a morte está sempre relacionada com sacrifício. Ainda bem que essa última suposição é completamente absurda. Segue-se, pois, que a eficácia desse sacrifício único é eterna e se estende por todos os séculos” (João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo: Paracletos, 1997, (Hb 9.26), p. 245).

[18]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v.  3, (III.7), p. 24. 

[19]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 3, (III.7), p. 34. 

[20] Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento,Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1995, p. 784.

[21] Davidson orienta-nos que “o particípio representa uma ação ou condição em sua coesão contínua….” (A.B. Davidson, An Introductory Hebrew Grammar,24. ed. Edinburgh, T.& T. Clark, (reprinted), 1936, § 46, p. 159). O autor continua mostrando que, enquanto o imperfeito sugere sucessão, uma multiplicidade de ação e de pontos, o particípio indica uma linha que se prolonga sem quebra em sua continuidade. (Ibidem.,p. 159). Isto indica que a “história não saiu das mãos de Deus” (D. Martyn Lloyd-Jones, As Insondáveis Riquezas de Cristo, São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1992, p. 64. (Sobre os variados conceitos de História e a perspectiva cristã, Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Escatologia: O Homem no Teatro de Deus: Providência, Tempo, História e Circunstâncias,Eusébio, CE.: Peregrino, 2019).

[22] Joyce G. Baldwin, Ageu, Zacarias e Malaquias,São Paulo: Vida Nova; Mundo Cristão, ã americana, 1972, p. 37. Mesmo no exílio, Israel continuava sendo o povo eleito de Deus (Is 41.8-14; 43.1-7).

[23] Veja-se: Francis Turretin, Institutes of Elenctic Theology,Phillipsburg, New Jersey: P & R Publishing, 1994, v. 2, XV.xvi.10-11.

[24]C.F. Keil; F. Delitzsch, Commentary on the Old Testament,VII/1, p. 282.

[25] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, A Inspiração e Inerrância das Escrituras,passim.Stott resume bem a tarefa do profeta:“A característica essencial do profeta não era prever o futuro nem interpretar a atividade presente de Deus, mas falar as palavras de Deus” (J.R.W. Stott, O Perfil do Pregador,São Paulo: SEPAL., 1989, p. 12).

[26]Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, p. 508.

[27]A. A. Hoekema, A Bíblia e o Futuro,São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989, p. 15-16; Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 640.

[28] Veja-se: G. Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, p. 602-603.

[29]João Calvino, As Institutas da Religião Cristã: edição especial com notas para estudo e pesquisa, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, v. 2, (II.4), p. 64.

[30] G. Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, p. 604.

[31] Cf. G. Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho Testamento, p. 602-603.

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